A cada momento podes recomeçar
uma tarefa edificante que ficou interrompida.
Nunca é tarde para fazê-lo;
todavia, é muito danoso não lhe dar prosseguimento.
Parar uma atividade por motivos superiores às forças é fenômeno natural.
Deixá-la ao abandono é falência moral.
A vida é constituída de desafios constantes.
Sai-se de um para outro em escala ascendente de valores
e conquistas intelecto-morais.
Sempre há que se começar a vida de novo.
Uma decepção que parece matar as aspirações superiores;
um insucesso que se afigura como um desastre total;
um ser querido que morreu e deixou uma lacuna impreenchível;
uma enfermidade cruel que esfacelou as resistências;
um vício que, por pouco, não conduziu à loucura;
um prejuízo financeiro que anulou todas as futuras aparentes possibilidades;
uma traição que poderia ter-te levado ao suicídio,
são apenas motivos para recomeçar de novo
e nunca para se desistir de lutar.
Não houvesse esses fenômenos negativos na convivência humana,
no atual estágio de desenvolvimento das criaturas,
e os estímulos para o progresso e a libertação seriam menores.
Colhido nas malhas de qualquer imprevisto ou já esperado problema aterrador,
tem calma e medita, ao invés de te deixares arrastar pela convulsão
que se irá estabelecer.
Refugia-te na oração, a fim de ganhares força e inspiração divina.
Como tudo passa, isto também passará,
e, quando tal acontecer, faze teu recomeço,
a princípio, com cautela, parcimonioso,
até que te reintegre novamente na ação plenificadora.
Teu recomeço é síndrome de próxima felicidade.
[Joanna de Angelis]
[Divaldo P. Franco]
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